------- a coisa-em-mim -------

desaforismos. fábulas sem moral. egotrips. brainstorms.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

para

se me dissesses "sim" uma só vez
nada econômica eu te diria sete
entoaria o cântico dos cânticos
e romperia o dia morno
finalmente inaugurando
a [bela] Noite:

ressoariam então sete trombetas
virando do avesso o apocalipse
[nos transformando em gênesis].

se com um simples gesto
me abrisse as suas portas
eu entraria também pelas janelas
-líquida-
e sem secar em mim
me infiltraria em cada quente canto:

sem aguardar outros milênios
viraria do avesso o deserto
[nos transformando em mar].

se assentisse então no ato
de toda essa potência contraída
e quebrasse o ovo da espera
estaria ali águia madura
ave saindo,
aquele nó que já não mais desdá.

1 Comentários:

Às 10:11 AM , Anonymous prode disse...

"E, aí desde aquela hora, conheci que, o Reinaldo, qualquer coisa que ele falasse, para mim virava sete vezes."
"Sete voltas, sete, dei; pensamentos eu pensava." (JGR, GSV)

Que é do sim que eu, a gente, nunca soube dizer? Que é da coragem que se carece ter?

Má hora... Merda. Três vezes merda.

 

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