efemérides II
o tempo fechou a porta:
na cara do moço
que vive sem hora
livre de cismar
sobre as coisas
todas paradas diante de si.
sem tempo seu corpo
não corre
ele não pensa
nem morre
é o moço pra sempre
idêntico
o moço sem tempo
é sem morte.
eu não quero ser o moço
sem a folha que cai,
a fogueira que não
transfigura,
na eternidade que é
tão triste
feito um ovo vazio,
sem pássaro.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial