------- a coisa-em-mim -------

desaforismos. fábulas sem moral. egotrips. brainstorms.

domingo, outubro 21, 2007

eu gritava aqui do imenso mas o grito que me abria a garganta e me fulminava, no final não passava de um ruído mínimo, desfeito. então eu resolvi sair do imenso e ir pro menor, casulo/casca/redoma onde só cabia eu. então eu gritava aqui do menor mas o grito que me abria a garganta e me fulminava voltava pra dentro porque o ouvido era só meu. então eu resolvi sair do menor e ir lá pro meio, pátio/ponte/rua, onde havia as gentes com a indistinção e eu não entendia nada, aqueles ruídos, a turba cruzando os gritos e então eu resolvi parar de gritar, mas então de repente era como se fazer silêncio fosse conter o mundo na garganta, e então eu resolvi gritar mesmo que ninharia mesmo sem ouvidos, mesmo que o apelo fosse em vão no meio do caos. mas tem dia que não abre, a garganta, os ouvidos, nem o mundo abre, ele se recolhe se esconde e ninguém responde e ninguém vê.

e é como se eu gritasse novamente no imenso
como se não houvesse grito
nem eu
e
nem você

só o eco do nada
[que habita a casa do não
y del dolor]

3 Comentários:

Às 4:56 PM , Anonymous Anônimo disse...

além de linda linda consegue usar as palavras de um jeito incrível...
queria que alguém me apresentasse a você, mas acho que terei de fazer eu mesma.
se for comprometida, desculpa :S

^^
gabi

 
Às 1:14 AM , Anonymous Anônimo disse...

ah é, e eu tenho um e-mail:
gabi.bhbrasil@yahoo.com.br

 
Às 10:03 PM , Anonymous Anônimo disse...

nossa maíra, já li seu blog inteiroooo! não me cansa..viciei!

 

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