fragmentos de um discurso.
i) Passarinhos verdes? Oh mas é claro que não! São aqueles corvos e urubus que acreditando ser eu um espantalho, ficam a me bicar a cabeça. Essas delicadas aves de filmes de terror trash reafirmando a minha sozinhês no meio desse milharal a que chamam cidade e suas gentes!
ii) Mas logo eu, uma pessoa tão legal! Como você pode fazer isso com você? Vem cá, vem, não fica assim. É difícil, mas você vai superar! És de fato um tolo, mas quem não é?
ii) Mas logo eu, uma pessoa tão legal! Como você pode fazer isso com você? Vem cá, vem, não fica assim. É difícil, mas você vai superar! És de fato um tolo, mas quem não é?
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iii) Óculos não bastam. Os olhos deverão ser blindados e protegidos por cercas elétricas para uma maior segurança. Todos sabem muito bem que a entrada primeira é pelos olhos. Pois bem, os meus agora estão protegidos 24 horas. O alarme será um grito agudo e imenso nos ouvidos do impostor, um grito daqueles capazes de arrepiar os cabelos de deus.
iv) Exceção será aberta se e somente se encontrarmos alguém dotado de uma apurada sensibilidade shakesperiana, sendo capaz de fazer seguir a seguinte cena:
EU: "Ei-lo! Alto lá! Mostrai quem sois!"
A pessoa se decente for, responderá sem hesitar: "Amigo do rei".
A partir daí, quem sabe um talvez.
v) No momento do Não, o que sempre acreditamos ser um câncer de cotovelo, 7 dias depois não passa de um tumorzinho benigno, capaz de ser extirpado com um simples cortador de unha, enquanto cortamos as unhas dos pés e refletimos sobre os mistérios da patafísica.
vi) É preciso ter vivência. Depois que enfiaram a faca e rodaram 77 vezes, seu hipocampo sentimental apaga os arquivos de áudio, de vídeo, de tato. Por sua vez, o hipocampo sentimental traz à tona memórias necessárias, daquelas que denigrem a imagem do criminoso. As gargalhadas são instantâneas. Você aproveita e diz, ainda no discurso shakesperiano: "Há algo de podre no reino da Dinamarca!"
vii) Deixar marcas que vão do roxo ao vermelho em peles brancas, esfregar um rosto bonito em uma parede de chapisco, abrir a boca de alguém em um meio-fio e pisar com força em sua cabeça - fabular ideais de violência e entrever coisas belas sendo destruídas, é altamente recomendável quando o corpo dá sinais de ganância e os pensamentos se enlanguescem.
viii) E cantar alto uma música do Morphine, pensando no Sandman que morreu de um ataque fulminante num palco da Itália sem ter encontrado a "Cure for Pain", aquele sax gritando desesperado a errância! E cantar enquanto tiro o pó dos livros da estante: Oh I'm free now/Free to look out the window/Free to live my story/Free to sing along Oh (x4)
iv) Exceção será aberta se e somente se encontrarmos alguém dotado de uma apurada sensibilidade shakesperiana, sendo capaz de fazer seguir a seguinte cena:
EU: "Ei-lo! Alto lá! Mostrai quem sois!"
A pessoa se decente for, responderá sem hesitar: "Amigo do rei".
A partir daí, quem sabe um talvez.
v) No momento do Não, o que sempre acreditamos ser um câncer de cotovelo, 7 dias depois não passa de um tumorzinho benigno, capaz de ser extirpado com um simples cortador de unha, enquanto cortamos as unhas dos pés e refletimos sobre os mistérios da patafísica.
vi) É preciso ter vivência. Depois que enfiaram a faca e rodaram 77 vezes, seu hipocampo sentimental apaga os arquivos de áudio, de vídeo, de tato. Por sua vez, o hipocampo sentimental traz à tona memórias necessárias, daquelas que denigrem a imagem do criminoso. As gargalhadas são instantâneas. Você aproveita e diz, ainda no discurso shakesperiano: "Há algo de podre no reino da Dinamarca!"
vii) Deixar marcas que vão do roxo ao vermelho em peles brancas, esfregar um rosto bonito em uma parede de chapisco, abrir a boca de alguém em um meio-fio e pisar com força em sua cabeça - fabular ideais de violência e entrever coisas belas sendo destruídas, é altamente recomendável quando o corpo dá sinais de ganância e os pensamentos se enlanguescem.
viii) E cantar alto uma música do Morphine, pensando no Sandman que morreu de um ataque fulminante num palco da Itália sem ter encontrado a "Cure for Pain", aquele sax gritando desesperado a errância! E cantar enquanto tiro o pó dos livros da estante: Oh I'm free now/Free to look out the window/Free to live my story/Free to sing along Oh (x4)
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ix) Amor, amar, amante, amado, e todas as variações performativas dessa patologia, é coisa para a-ma-do-res.
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x) É preciso novamente olhar nos olhos de um búfalo.
1 Comentários:
e salve, salve o búfalo!
absurdamente necessário.
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