uma chave.
noite passada quando não rompi os céus
quando plantei meu corpo devastado
no lençol a minha terra improdutiva
e assumi o soluço
a vertigem
a semente do desamparo,
pensei na solidão esquizofrênica
que é inventar nomes outros
pro que já tem nome.
pensei no que é ser outra
quando a mesma já não basta
ou não convém
ser a outra [de si] quando ela parte
é ausência positivada
fechei os olhos e sete vezes
respirei
pensando assim
eu sou ausência, o eco de algo fugidio
quase o tempo todo em mim.
1 Comentários:
-Vejo em mim duas mulheres bizarramente ligadas uma à outra como gemeos de circo.
Vejo-as arrancarem-se uma da outra. Consigo mesmo ouvir o rasgão, a ira e o Amor, a paixão e o sofrimento.
Quando esse ato-deslocação de repente pára - ou quando deixo de ter consciência do som - o silêncio torna-se então ainda mais terrivel uma vez que á minha volta não há senão loucura, a loucura das coisas que atraem coisas de dentro de cada um, raízes que se afastam para crescerem separadamente, tensão provocada para atingir a unidade-
me tocou profundamente o seu texto. ->eu sou ausência, o eco de algo fugidio
quase o tempo todo em mim.
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